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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
Biografia do Poeta Vicente Reinaldo
Vicente Reinaldo de Medeiros
Nasceu no dia 23 de fevereiro de 1957, na cidade de Caririaçu, sul do
Ceará, filho de Afonso Reinaldo de Sousa e Maria Marcionília de Medeiros. Viveu
sua infância na roça, é cantador-repentista, começou a cantar aos 15 anos de
idade, seu primeiro programa de rádio, foi na rádio Progresso de Juazeiro do
Norte, CE, mudou-se para Brasília-DF, em 1976 e, em 1987 mudou-se para a cidade
de São Paulo, onde vive até hoje. Em São Paulo trabalhou na rádio Cumbica AM
Guarulhos-SP, rádio nova difusora AM Osasco-SP, rádio Metropolitana AM mugi das
Cruzes-SP, e rádio imprensa FM São Paulo-capital. Além de radialista (Locutor),
apresentador de TV (apresentou o programa Revista Rural pelo Canal do Boi
durante um ano e quatro meses), é professor licenciado em
Pedagogia, Ciências Sociais e pós-graduado em Docência do Ensino Superior.
Contatos:
(11)96890-3464 WhatsApp
E-mail: vrdemedeiros@gmail.com
Blog: https://versostextosemusicas.blogspot.com/
Site: www.tudosobrerepentistas.wix.com/repentistas
Versos para Foucault
Autor: Vicente Reinaldo
Michel Foucault, o filósofo
De pensamento profundo,
De humanidade completo,
De sapiência fecundo.
Nasceu na França e seu nome
Espalhou-se pelo Mundo.
Investigou a história
Desde a vida na caverna
Tratou direto da escola,
Com sua idéia moderna,
Ensinando ao governado
Livra-se de quem governa.
Foucault disse que a escola
Produz à sociedade,
Questionou, criticou
A idéia de unidade
E desmentiu o conceito
De universalidade.
Foucault disse que os sistemas
De assistência e proteção
Como hospital e família,
A escola e a prisão
Também contêm mecanismos
De controle e punição.
Michel Foucault concluiu
Que o sistema escolar
Não era disciplinado,
Mas era disciplinar,
Impondo a obediência
Pra ninguém se rebelar
Não concentrou seus estudos
No governo ou na nação.
Concentrou na medicina,
Na loucura e na prisão,
Na sexualidade
E, na ampla educação.
A obra foucaultiana
Não é reles nem barata
A toda classe acadêmica
Ela auxilia e formata
E serve de suporte heurístico
Prá quem é autodidata.
Este é o mais brilhante
Curso de pedagogia,
As aulas são recheadas
De prática e de teoria
E os seminários são feitos
De palavra e poesia.
Trabalho apresentado
Num seminário sobre Michel Foucault
(Curso de Pedagogia da Univ. Anhanguera).
Acróstico poético - Vicente Renaldo
MULHER
U ma santa sem Altar,
L ua do céu do amor
H umildemente a brilhar,
E ntidade que dá vida,
R ainha e deusa do Lar.
VICENTE
I mprovisando canções,
C antando as coisas da vida
E nlevando corações,
N o vendaval das tristezas
T entando manter acesas
E fervescentes paixões.
domingo, 17 de janeiro de 2021
É TRISTE SONHAR COM QUEM, NEM SEQUER PENSA NA GENTE
Uma paixão que me abrasa.
A distância é uma casa,
Da casa dela pra minha,
Às vezes, de manhãzinha
Ela passa em minha frente,
Mas só fala, secamente:
- Oi, como vai, tudo bem?
É TRISTE SONHAR COM QUEM,
NEM SEQUER PENSA NA GENTE.
Eu não digo o nome dela
Só digo qu'ela é atriz
E eu só me sinto feliz
Quando a vejo na "tela"
Pois, só na tela é que ela,
Entra no meu ambiente,
Ja sei que, pessoalmente,
É perdido, ela não vem.
É TRISTE SONHAR COM QUEM,
NEM SEQUER PENSA NA GENTE.
O meu desgosto é profundo
Por não ser correspondido,
Por ela eu tenho sofrido
Que estou quase um moribundo,
Eu digo pra todo mundo
Que a amo loucamente
E, se amor por mim ela sente,
Nunca falou pra ninguém.
É TRISTE SONHAR COM QUEM,
NEM SEQUER PENSA NA GENTE.
Sei que meu espírito quer
Que, um sim, dela eu espere
E quando alguém me sugere
Qu'eu procure outra mulher,
De uma maneira qualquer
Eu repondo amargamente:
Sem ela eu não sou contente
Nem de posse de um Harém.
É TRISTE SONHAR COM QUEM,
NEM SEQUER PENSA NA GENTE.
Ela, de casa saiu,
Renunciando ao pudor
E seu castelo de amor,
Num Lupanar, construiu
Uma amiga lhe pediu:
- mulher, aceita o Vicente
E ela disse, ousadamente,
Esse amor não me convém.
É TRISTE SONHAR COM QUEM,
NEM SEQUER PENSA NA GENTE.
Do nosso primeiro beijo - Vicente Reinaldo
DO NOSSO PRIMEIRO BEIJO
Filha de um sertanejo,
O nosso primeiro beijo
Não nos causou ameaça
Não foi num banco de praça
Nem foi em pé-de-janela
Foi perto de uma cancela
Da roça de um sertanejo,
DO NOSSO PRIMEIRO BEIJO
NEM EU ESQUEÇO E NEM ELA.
Quase que fui um fracasso
Por causa da timidez
Mas a ação que ela fez
Tirou-me do embaraço
A ação foi um abraço
Desses de quebrar costela
Que fez subir a procela
Da maré do meu desejo,
DO NOSSO PRIMEIRO BEIJO
NEM EU ESQUEÇO E NEM ELA.
Foi na beirada de um lago
Numa manhã sem sereno
Que no seu corpo moreno
Eu fiz o primeiro afago
Por isso jamais apago,
Em mim, essa página bela
Que mesmo sendo singela
Com muito orgulho a festejo,
DO NOSSO PRIMEIRO BEIJO
NEM EU ESQUEÇO E NEM ELA.
Eu vou ao seu lugarejo
Todo ano, em dezembro,
E se alguém pergunta se lembro
Do nosso primeiro beijo
Eu digo que não desejo
Falar dos segredos dela,
Minha boca não revela
As coisas que só eu vejo,
DO NOSSO PRIMEIRO BEIJO
NEM EU ESQUEÇO E NEM ELA.
Eu ainda estou lembrado,
Foi num final de semana
Que num bater de pestana
O fato foi consumado
Meu fogo foi apagado
E apagou-se o fogo dela
Ela rápida igual gazela
E eu ligeiro igual ‘fulejo,’
DO NOSSO PRIMEIRO BEIJO
NEM EU ESQUEÇO E NEM ELA.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
O CIÚME É UM RAIO RELUZENTE NO ESPAÇO SIDÉREO DA PAIXÃO Vicente Reinaldo
Minha
esposa é um anjo querubim
Que
com crise e pobreza não esquenta
Seu
defeito é ser muito ciumenta
Quando
saio pra rua acha ruim
Até
vai me buscar no botequim
E
vai falando do bar ao barracão
Eu
em vez de brigar lhe dou razão
Porque
sei o que é que ela sente:
O
ciúme é um raio reluzente,
No
espaço sidéreo da paixão.
Eu
também sou um homem ciumento
Mas
não tenho ciúme doentio,
Tenho
muito ciúme, mas confio
Na
mulher que ganhei no casamento,
Só
não deixo ela livre cem por cento
Pra
não dar muita sopa ao Ricardão.
Mulher
minha não quero na prisão
Nem
lhe dou liberdade totalmente:
O
ciúme é um raio reluzente,
No
espaço sidéreo da paixão.
Ter
ciúme demais não adianta
Mas
ciúme dosado é muito bom.
Da
orquestra do amor ele é o som
E
do banquete romântico ele é a janta
A
paixão eu comparo a uma planta,
Seu
início é tal germinação,
Mais
ou menos o meio, a floração,
E
o final, é caruncho na semente:
O
ciúme é um raio reluzente,
No
espaço sidéreo da paixão.
No
jardim da paixão não brota flor
Mas
a terra precisa ser regada
O
ciúme é a água perfumada
Que
umedece o jardim de um grande amor
Cada
amante faz vez de um lavrador
Dando
redra na sua plantação
Evitando
do joio a expansão
Pro
amor germinar-se livremente:
O
ciúme é um raio reluzente,
No
espaço sidéreo da paixão.
Quando
olho pra moça seminua,
Minha
esposa se zanga e quer brigar
Eu
disfarço pra ela se acalmar
Mas
a negra zangada continua.
Diz:
você, se gostar dessa perua
Eu
exijo nossa separação,
Mas
esquece de tudo no colchão
Se
fazendo de boba e inocente:
O
ciúme é um raio reluzente,
No
espaço sidéreo da paixão.